quarta-feira, 30 de outubro de 2013

À Goiânia, com amor...

Você é cidade onde nasci, e pra sempre há de ser a cidade do meu coração. Aquela cidade quente, ensolarada quase o ano todo, caprichada no próprio sotaque, de ótima comida e de uma seca tormentosa, além de ser a cidade do céu mais bonito que já vi no mundo. 

Mas tal como hoje te olho, não mais te reconheço. Querendo ser mais bonita e imitar as grandes, você cresceu e se envaideceu. Não é mais hospitaleira como era, nem amiga, nem compreensiva. O Meia-Ponte não cabe mais o sangue que a chuva traz das ruas, seus pobres são esmagados e tudo o que você cuida é disfarçar sua maldade com novos monumentos, com a suntuosidade dos próprios prédios, sempre dedicada às suas competições e ao melhoramento dos índices com os quais você compete contra outras cidades e que te incham de um orgulho bobo. Seus patrícios nunca pensaram em você e sempre só cuidaram dos limites das próprias casas e nisso não há novidade. Mas tampouco os imigrantes que depois vieram (e que continuam vindo) não perguntaram (nem perguntam) pela sua história, nem quem você é ou pra onde deseja ir. Seus líderes te enganam um após o outro e são poucos os que pensam cuidadosa e carinhosamente sobre o seu futuro. Aliás, neste sempre quando penso, tudo o que tenho previsto é muita dor e obscuridade, mesmo sendo a cidade onde o Sol não falha. Vejo cronificação e aumento dos problemas, e com o melhor dos meus otimismos não consigo dizer que você está no rumo certo.

Mas tal como hoje te olho, não mais te reconheço. Querendo ser mais bonita e imitar as grandes, você cresceu e se envaideceu. Não é mais hospitaleira como era, nem amiga, nem compreensiva. O Meia-Ponte não cabe mais o sangue que a chuva traz das ruas, seus pobres são esmagados e tudo o que você cuida é disfarçar sua maldade com novos monumentos, com a suntuosidade dos próprios prédios, sempre dedicada às suas competições e ao melhoramento dos índices com os quais você compete contra outras cidades e que te incham de um orgulho bobo. Seus patrícios nunca pensaram em você e sempre só cuidaram dos limites das próprias casas e nisso não há novidade. Mas tampouco os imigrantes que depois vieram (e que continuam vindo) não perguntaram (nem perguntam) pela sua história, nem quem você é ou pra onde deseja ir. Seus líderes te enganam um após o outro e são poucos os que pensam cuidadosa e carinhosamente sobre o seu futuro. Aliás, neste sempre quando penso, tudo o que tenho previsto é muita dor e obscuridade, mesmo sendo a cidade onde o Sol não falha. Vejo cronificação e aumento dos problemas, e com o melhor dos meus otimismos não consigo dizer que você está no rumo certo.

Hoje me sinto muito triste no seu aniversário. Muito mesmo. Vejo que você tem perdido todas as coisas boas, aquelas que te faziam diferente das grandes e justamente por isso te faziam única. E que eram coisas das quais você às vezes até delas se sentia envergonhada. DEUS olhou pra você e tem abençoado a sua gente, Goiânia. Mas sua gente já não pergunta por Ele e vem Lhe dando as costas dia após dia. Não há porquê você hoje fechar tão cegamente seus olhos e continuar insistindo nesse sorriso amarelo pra as fotos. 

Das muitas coisas que só pode desejar uma terra, hoje eu te desejo misericórdia. Que os céus tenham misericórdia de você e que você possa cair em si, parar de plantar tanta maldade, arrancar de você a perversidade e plantar um futuro de coisas boas. Que a sua gente e os seus líderes encontrem e pratiquem o significado da palavra ARREPENDIMENTO.

E se hoje pareço amargo com você, não me tome por inimigo. Você tem me entristecido, me preocupado e me decepcionado, e esse meu tom hoje azedo... é a precisa prova....

De que eu amo vc MUITÃO!!! 

DEUS te abençoe, Goiânia! E que Ele tenha misericórdia de você!! Bem vinda à dor, à delícia e à responsabilidade de ser uma jovem octagenária!!! 


Goiânia 80 anos - TV Anhanguera

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