segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Sobre os 10 mandamentos de Alexander....


Cara, apesar da intenção de revolta que o vídeo talvez pretenda causar, confesso que o que eu mais senti no fundo do meu coração foi MUITA tristeza e muita compaixão. Sério mesmo. É tão grotesca a forma como ele é pintado e ele parece a todo tempo clamar desesperadamente por Vida e mais vida, pelo sentido na vida... É muito sofrimento, vazio e desespero que demonstra o discurso desse rapaz.

E para os que estão de pedras prontas para apedrejá-lo, cuidado com o farisaísmo e a hipocrisia. O que você critica e apedreja nele pode muito estar dentro de você. Alexander de Almeida não é um fenômeno isolado. Ele é o expoente ou a caricatura perfeita de toda a nossa geração que clama por iniquidade, por distinção, por superioridade e por muita ostentação.

Desculpe, Alexandre, por não sentir nem uma gotinha de inveja e que é o sentimento que você gostaria que eu tivesse e que você tanto gostaria de causar para se sentir bem. Eu compreendo sua agonia e o vazio que você tenta preencher com ostentação, bebidas e sexo. Mas vai por mim que existe uma outra alegria e vida indizível e que nunca nada nem ninguém pode destruir. E eu espero do fundo do meu coração que você A encontre. Você, eu e toda a nossa geração.

Um abraço!




quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Halloween. Validade, Importância e Realidade de uma Celebração.

Como a ignorância histórica deturpa os próprios significados religiosos de pessoas religiosas. 


E que tanto de gente religiosa esconjurando o Halloween é esse? Entregando a data às bruxas, ao misticismo politeísta e invocador de espíritos diversos? Tudo bem que as abóboras, os morcegos, os diabos e as bruxas não se parecem ícones cristãos. Mas pire nisso que vou te dizer: o Halloween é sim uma festa CRISTÃ.

Antes de continuar nesse assunto, fica a bronca para esse rebanho de pessoas que tem a coragem professar aquela que é uma das poucas fés históricas do planeta e que não sabe (nem faz questão de saber) nada de História. Lembre-se você que religiões, filosofias e caminhos podem ser vários e não necessariamente História é uma coisa importante para eles. Mas para a fé cristã, a História é absolutamente essencial. Não sou historiador e estou longe disso, mas não nos resta a ignorância como opção, por deliberada escolha (particularmente em matéria da nossa própria história). Nosso caminho adiante é esse: conhecer, analisar, meditar, orar, buscar. Diferentemente de outras que pregam caminhos sem nexo temporal com a história do Homem, a cosmovisão cristã é NECESSARIAMENTE histórica: numa concepção que pode ser vista em certo sentido como linear (eu disse em certo sentido), afirmamos o início e o fim de todas as coisas, dizemos sobre o desenvolvimento do Universo e da Vida, a formação das civilizações, como algumas pessoas no passado andaram na Vida e na Luz, de como DEUS se revelou a alguns indivíduos desde os primórdios e como vem se revelando a alguns de nós nos seus diferentes sistemas políticos e econômicos, caminhando para um desfecho final. Nossa fé não só é historicamente construída (de uma prática e compreensão para além do pontual e nada atemporais) como é historicamente que deve ser entendida, historicamente transformadora, na certeza e na esperança de que a fé cristã (a verdadeira) será ratificada e vindicada no decorrer e ao final da História. Me diga, de onde foi que uma fé de bases históricas como essa teve seu nome roubado por pessoas e movimentos dissociados da análise e da compreensão histórica? Hein?


Recado dado, agora é hora de explicações. Como já aqui dito, precisaremos da História para tratar desse assunto. Tomando a etimologia da palavra, vamos contrariar alegadas versões que conectam o Halloween aos supostos druidas e explicar o conteúdo histórico cristão da festa. De antemão preciso dizer que essa explicação é um alargador do conhecimento e não uma justificativa para tudo o que se faz ou que foi feito nos Halloweens da vida ou negando elementos que são de outras incorporações culturais, evidentemente.
O nome Halloween é a forma contrata do inglês para “All Hallows’ Eve”. A palavra Eve significa véspera. É por isso que na noite de 24 de dezembro temos “Christmas’ Eve” (a Véspera do Natal). E qual é essa de véspera? A ideia cultural de atentar para uma véspera é a de valorizar um estado de apreensão, uma excitação prévia, o prenúncio de um dia glorioso, decisivo ou importante. A noite do 31 de outubro é uma noite apreensiva porque anuncia a chegada de um dia/acontecimento importante.
Continuando na etimologia, temos também a palavra Hallow. O verbo “to hallow” significa santificar ou tornar santo e a palavra isolada “hallow” é o adjetivo: santo. Suas conexões com o termo Holy podem ser percebidas por qualquer que pronuncie as duas palavras em sequência: Hallow e Holy, sendo sinônimos, significam isso mesmo: “Santo”. Como holy é o vocábulo mais conhecido, aparecendo nos termos “holy bible”, “holy SPIRIT”, hallow ficou um pouco de lado do nosso contato aqui no mundo da língua portuguesa, mais afeito ao usual, ao corrente da língua inglesa. Eu poderia ir mais fundo nesses desvios etimológicos e debandar para o que se tornou maldoso uso de uma palavra próxima dessas duas, tal como pelo Führer na expressão “Heil” Hitler. Longa história, essa fica pra depois.
Encerrando esse papo de etimologia, o que tiramos desse quebra-cabeça então?? O que é mesmo afinal de contas a tradução para Halloween (All Hallows’ Eve)?? O resultado final e surpreendente é esse (pire!!): All Hallows’ Eve significa “A VÉSPERA DE TODOS OS SANTOS”.
O dia de todos os santos é uma data que remonta ao século IV segundo alguns e a data teria sido fixada em 1º de novembro por volta do século VIII.
Mas e então?? O que uma noite de bruxas, diabos, morcegos e forças escuras têm a ver com algo santo ou dos santos?? Quem são esses santos?? Por que essas figuras não foram repelidas e por que aparecem justo numa véspera, que é nada mais nada menos do que a véspera do dia de todos os santos???
Pois bem, a explicação é essa: A Véspera e o Dia de Todos os Santos apontam para a vitória do Apocalipse. Neste livro, vemos a história da humanidade ser destrinchada, no alongamento dos 7 selos, das 7 trombetas e por fim as 7 taças de DEUS. Vemos a reunião da humanidade para o combate de Armageddon, a sedução final das nações, a iniquidade humana atingir a medida máxima da sua expressão, DEUS, a Luz e Sua Palavra serem ampla e cabalmente questionados e então, os Santos (os homens escolhidos de DEUS) de todas as gerações, de todos os povos, tribos, nacionalidades e épocas, toda a extensão dos remidos liderados pelo Cordeiro, pelo Verbo de DEUS, pela Palavra Criadora do Universo entrarem para o combate final com os anjos caídos, enquanto um julgamento é procedido em relação a estes e à humanidade em rebelião contra DEUS. É a vitória plena da justiça e dos escolhidos e o cumprimento da Salvação.

Acontece que, antes da batalha final e do grande dia aonde TODOS os santos vencerão, quando a injustiça, a maldade, a opressão acabarem de vez, haverá uma última reunião de forças dos que opõem a DEUS:
“demônios que operam sinais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha do grande dia de DEUS TODO-PODEROSO (...) E eles os ajuntaram no lugar que em hebraico se chama Armagedon.”
No entanto, os santos hão de prevalecer, porque mesmo sendo faltos e pecadores, vieram à resolução de seus pecados pelo sacrifício feito por YESHUA na cruz e é nos méritos dEle que possuem as armas diárias e cósmicas para vencer o mal:
“O dragão e seus anjos batalhavam. Mas não puderam prevalecer e nunca mais se achou o lugar que no céu era deles. E foi precipitado o grande dragão, o qual não é outro senão a antiga Serpente, e que se chama diabo e satanás, o enganador das nações, e seus anjos foram precipitados com ele.
Uma grande voz percorria os céus e dizia: ‘Agora é chegada a salvação, e o poder, e o reino do nosso DEUS, e a autoridade do Seu CRISTO, porque foi precipitado o acusador de nossos irmãos, aquele que diante do nosso DEUS os acusava dia e noite’.
João explica a base da salvação dos santos e de sua vitória cósmica e diária:
“Eles, pois, o venceram por causa do SANGUE DO CORDEIRO e pela PALAVRA DO TESTEMUNHO que deram, porque mesmo em face da morte não amaram a própria vida.”


Assim, fica fácil entender o Halloween (ou a Véspera de Todos os Santos): ela é uma explicação do ajuntamento e da resistência (que há de ir até o final) dos inimigos da Luz, mas que não podem deter a chegada do grande dia (representado pelo 1º de novembro), da vitória final dos escolhidos, dos santos de DEUS e daqueles que foram e hão de ser resgatados por YESHUA ao longo da História. Assim, é permitido e interessante que façamos uma encenação desse acontecimento cósmico, ridicularizando a impiedade, a maldade, a injustiça, a trapaça, a satanás e a todos os demônios,  bem como a humanidade em rebelião contra DEUS. É por isso que satanás é ridicularizado no Halloween, com rabos, chifres e roupa cafona (lembre-se que ele não é descrito de forma tão vulgar na Bíblia, essa é uma forma ridicularizada). E, assim, a inutilidade da astúcia maligna do homem é ironizada e desprezada pela tinta grossa, pela caricaturização na Véspera que antecede o Dia em que se celebra a Vitória de Todos os Santos.  

Por isso, encerro este texto dizendo isso: praticamente não há nada que se possa aproveitar do CRISTIANISMO. Na verdade, se alguém quer vir ao Evangelho de CRISTO, necessariamente ele precisa se descristianizar e desaprender os erros da religião cristã para entender a CRISTO. Mas se há alguma coisa boa que se possa aproveitar dos escombros do CRISTIANISMO (eu disse cristianismo, o que é diferente da fé cristã), digo isso com sinceridade, essa alguma coisa boa é o HALLOWEEN, porque traz para nós uma rica herança cultural de uma importante verdade bíblica e para a qual não há celebração e memória dentro da cristandade: a celebração do Apocalipse e da vitória final dos escolhidos de DEUS.

Por isso, ao invés dessa besteira de ataques parecendo sobreviventes da Inquisição e herdeiros dos que deitavam gente nas fogueiras, é tempo de praticarmos e fortalecermos o Halloween, a Véspera do glorioso dia da vitória dos santos.
Ser contado entre os vencedores da festividade do Halloween e entre os que podem ridicularizar a satanás, a injustiça e a impiedade porque tem sobre si o Sangue do CORDEIRO e praticam a Palavra do Testemunho, me diz uma coisa: não é isso o que todo cristão verdadeiro nesse mundo quer???



Comentário para a figura: "Os fracos celebram o dia das bruxas. Os fortes conhecem a verdadeira história e celebram a Derrota do Dragão, a Supremacia dos Santos e a Vitória dos que não serão seduzidos para Armagedon!!!"

Feliz Halloween!!!!! 



quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Predeterminação e Livre-Arbítrio. Debates entre Heisenberg, Einstein (respaldado por Newton) e a Bíblia.

Hahahaha! Ótimo! A maior briga dos físicos e da teologia cristã explicada nesse vídeo de Michio Kaku!! É até difícil querer abordar esse debate com extrapolação para seu viés teológico para uma civilização tal como a ocidental, que acredita ou se sente livre, que vê adiante de si múltiplas possibilidades e que só enxerga a restrição de sua liberdade em termos de um cerceamento social, talvez cultural ou religioso. E que abominam a ideia de um propósito ou de uma preordenação sobre as suas existências e sobre os seus caminhos. 

O primeiro argumento aqui é o de Einstein e de uma pancada de versículos bíblicos. Einstein cria fortemente na pré-ordenação ou no determinismo. Einstein acreditava que se pudéssemos dar PAUSE em todo o Universo e conseguíssemos reunir a posição de todas as partículas em um dado momento, a partir da apreensão de toda a realidade física do agora, poderíamos determinar o que haveria de acontecer no milionésimo de segundo subsequente assim que voltássemos a dar play. E, assim, daí podíamos prorrogar nosso raciocínio infinitamente definindo toda a história do Universo. Para Einstein, o Universo foi determinado totalmente no Big Bang, pela forma como as primeiras partículas, a matéria e a energia (ou matéria-energia) se organizaram nos primeiros instantes, havendo ali já sido determinado a criação do planeta Terra num dado momento do tempo, a minha e a sua existência, as mortes, os nascimentos, os assassinatos, as guerras, incluindo coisas triviais tais como o que você vai comer amanhã cedo e até que eu estaria fazendo este texto a respeito um dia. O início já determinou tudo o que há de ser depois. 


Isso ofende a nossa civilização. Como assim um propósito ou uma preordenação me define ou me estabelece?? Como assim sou projetado para ser algo ou eternamente designado para algo?? E assim, levantam com fúria contra qualquer ideia de uma preordenação ou propósito. Argumentando dentro da perspectiva cristã, tudo isso remete para DEUS. DEUS?? Vamos jogá-lo no inferno com seus propósitos e predeterminações ridículas. Somos livres e vamos provar isso. Somos?? Vamos?? Vamos acabar e arruinar o que Ele estabeleceu. Será mesmo?? Ou será que até a revolta contra o propósito e a preordenação estariam dentro do propósito e da preordenação e dessa forma tais pessoas querendo disso se libertar, estariam indo de encontro ao Seu perfeito cumprimento??? 

Dentro da perspectiva bíblica (que inclui a física e não há dissociação dela), não ocorreria à mente do ímpio por exemplo que, mesmo havendo rejeitado a DEUS e dizendo colocar-se contra a ideia do que DEUS venha a ser, até e precisamente nisso ele estaria cumprindo um propósito profundo e preordenado de DEUS. E que é este: DEUS quer que a Luz e Seu caminho sejam amplamente questionados. Para DEUS é interessante e assim Ele jé estabeleceu que, no decorrer da história (no Chronos), Sua Pessoa e Seu “propósito” sejam criticados e "chacoalhados" no cumprimento de um Propósito maior, mais profundo e glorioso e que é este: de que apareça o contraditório e que este torne a Luz amplamente glorificada, quando por contraste ficar evidente a insensatez que foge ao desejo e à ordenação de DEUS e que assim a beleza e exuberância de DEUS sejam amplamente manifestas por aqueles que escolhem o caminho da miséria de Sua ausência. Inteligente e difícil, né? Bastante. 

É uma ideia difícil, particularmente porque ela atina geralmente para conclusões tolas simplistas. Isso acontece porque para cristãos em certo sentido (e para homens como Einstein e Newton) a história já está fechada. Como que terminada. Einstein defendia calorosamente a preordenação. Nesse sentido e ajudando o Einstein, o versículo que eu considero mais punk de toda a Bíblia é categórico ao dizer “O Cordeiro [nome sacrificial de YESHUA] estava morto desde a fundação do mundo.” Veja que a Bíblia é ainda mais underground e radical do que a física atual pode suportar. Ela não diz que estava predestinado que o Cordeiro seria morto desde a fundação do mundo. Ela diz categoricamente que o Cordeiro estava morto desde a fundação do mundo. E isso é extremante pesado e intragável. O primeiro conflito que isso interpõe é de ordem prática. Se tudo está predeterminado, por que não entrarmos a predestinação cristã e o determinismo de Newton-Einstein pelas veredas da passividade, talvez da aceitação plácida de um karma ou da atitude entreguista?? Por que as ordens repetidas da bíblia: levanta, faz, proclama, profetiza, defende, apoia, luta, espera, corre, esforça-te, alcança? Tudo já não está determinado?


Um outro e mais grave conflito desse raciocínio é de ordem moral. Se os assassinos em série ou os homens que estupraram e mataram milhares de outros humanos estavam predeterminados e se cada ímpio é um preordenado de DEUS como podem eles ser condenados ou culpados?? E como não colocar DEUS no banco dos réus por todas essas tragédias?? DEUS é a mente por trás dos seus inimigos e de seus zombadores e eles todos estão a cumprir algo de Seu interesse. 

Então entra nessa história o jovem Werner Heisenberg (assim como no campo da teologia cristã a doutrina do livre arbítrio). Heisenberg propõe o Princípio da Incerteza e trabalhando com as próprias conclusões de Einstein chega a uma outra que desagradou o mestre: pelo menos no campo das MICROpartículas, não há certezas ou determinação das posições. O elétron não existe no sentido determinado fora de uma observação. Ele é uma probabilidade e pode tanto estar aqui, acolá ou mais adiante. Einstein irrompeu furioso (ironizando na verdade) contra Heisenberg com sua célebre frase “DEUS não joga dados" (com o Universo)”. Einstein temia que a física se dissolvesse com aquelas descobertas. 

Mas a verdade é essa: todos os experimentos até agora demonstram que Heisenberg está certo. Einstein, o grande, estava equivocado. A incerteza comanda o mundo subatômico, o mundo das micropartículas. Nele as coisas podem ser e não ser ao mesmo tempo e a determinação fixa de Newton não cabe. Dentro da teologia cristã e bem antes de Heisenberg também surgiu a doutrina do livre arbítrio. A doutrina que diz que, apesar do grande ordenamento e predestinação do macro, numa perspectiva micro DEUS estabeleceu em Sua soberania a incerteza do livre-arbítrio e que as pessoas podem, sob condições semelhantes de influência e situação, decidirem-se por rumos diferentes. Apesar de que não podem fugir numa perspectiva macro do propósito e da preordenação, é dentro de uma observação temporal de incerteza que o homem faz suas escolhas. 

É evidente que o princípio da Incerteza de Heisenberg pode vir a ruir. Talvez o que chamamos de incerteza seja apenas um erro ou incapacidade atual da nossa observação para verificar um fenômeno determinado e assim Einstein volte de novo ao palco com toda a força. 

Ainda assim é intrigante como a física e a fé passam pelos mesmos conflitos (porque são na verdade os mesmos!!) e poder participar do desvendar da realidade!!! Eu não tenho razão quando digo que a coleção de livros sagrados dos cristãos, encerrada ainda no período das sociedades escravistas da antiguidade (!!) e de longe a coleção de livros mais criticada de todo o mundo é também a mais magnífica???? E que a Física é fantástica???

Baruch HaShem!!! Bendito seja o Nome!!!


À Goiânia, com amor...

Você é cidade onde nasci, e pra sempre há de ser a cidade do meu coração. Aquela cidade quente, ensolarada quase o ano todo, caprichada no próprio sotaque, de ótima comida e de uma seca tormentosa, além de ser a cidade do céu mais bonito que já vi no mundo. 

Mas tal como hoje te olho, não mais te reconheço. Querendo ser mais bonita e imitar as grandes, você cresceu e se envaideceu. Não é mais hospitaleira como era, nem amiga, nem compreensiva. O Meia-Ponte não cabe mais o sangue que a chuva traz das ruas, seus pobres são esmagados e tudo o que você cuida é disfarçar sua maldade com novos monumentos, com a suntuosidade dos próprios prédios, sempre dedicada às suas competições e ao melhoramento dos índices com os quais você compete contra outras cidades e que te incham de um orgulho bobo. Seus patrícios nunca pensaram em você e sempre só cuidaram dos limites das próprias casas e nisso não há novidade. Mas tampouco os imigrantes que depois vieram (e que continuam vindo) não perguntaram (nem perguntam) pela sua história, nem quem você é ou pra onde deseja ir. Seus líderes te enganam um após o outro e são poucos os que pensam cuidadosa e carinhosamente sobre o seu futuro. Aliás, neste sempre quando penso, tudo o que tenho previsto é muita dor e obscuridade, mesmo sendo a cidade onde o Sol não falha. Vejo cronificação e aumento dos problemas, e com o melhor dos meus otimismos não consigo dizer que você está no rumo certo.

Mas tal como hoje te olho, não mais te reconheço. Querendo ser mais bonita e imitar as grandes, você cresceu e se envaideceu. Não é mais hospitaleira como era, nem amiga, nem compreensiva. O Meia-Ponte não cabe mais o sangue que a chuva traz das ruas, seus pobres são esmagados e tudo o que você cuida é disfarçar sua maldade com novos monumentos, com a suntuosidade dos próprios prédios, sempre dedicada às suas competições e ao melhoramento dos índices com os quais você compete contra outras cidades e que te incham de um orgulho bobo. Seus patrícios nunca pensaram em você e sempre só cuidaram dos limites das próprias casas e nisso não há novidade. Mas tampouco os imigrantes que depois vieram (e que continuam vindo) não perguntaram (nem perguntam) pela sua história, nem quem você é ou pra onde deseja ir. Seus líderes te enganam um após o outro e são poucos os que pensam cuidadosa e carinhosamente sobre o seu futuro. Aliás, neste sempre quando penso, tudo o que tenho previsto é muita dor e obscuridade, mesmo sendo a cidade onde o Sol não falha. Vejo cronificação e aumento dos problemas, e com o melhor dos meus otimismos não consigo dizer que você está no rumo certo.

Hoje me sinto muito triste no seu aniversário. Muito mesmo. Vejo que você tem perdido todas as coisas boas, aquelas que te faziam diferente das grandes e justamente por isso te faziam única. E que eram coisas das quais você às vezes até delas se sentia envergonhada. DEUS olhou pra você e tem abençoado a sua gente, Goiânia. Mas sua gente já não pergunta por Ele e vem Lhe dando as costas dia após dia. Não há porquê você hoje fechar tão cegamente seus olhos e continuar insistindo nesse sorriso amarelo pra as fotos. 

Das muitas coisas que só pode desejar uma terra, hoje eu te desejo misericórdia. Que os céus tenham misericórdia de você e que você possa cair em si, parar de plantar tanta maldade, arrancar de você a perversidade e plantar um futuro de coisas boas. Que a sua gente e os seus líderes encontrem e pratiquem o significado da palavra ARREPENDIMENTO.

E se hoje pareço amargo com você, não me tome por inimigo. Você tem me entristecido, me preocupado e me decepcionado, e esse meu tom hoje azedo... é a precisa prova....

De que eu amo vc MUITÃO!!! 

DEUS te abençoe, Goiânia! E que Ele tenha misericórdia de você!! Bem vinda à dor, à delícia e à responsabilidade de ser uma jovem octagenária!!! 


Goiânia 80 anos - TV Anhanguera